sábado, 29 de setembro de 2007

Segredo


Segredo


Silêncio, som profundo

Dos delírios insanos da mente,

Que vagueia buscando sentido

Não ouve, apenas sente.

Um grito ensurdecedor

Que ecoa ao coração

Como apelo vindo do peito

Dilacerado pela dor.

A voz não sai, fica presa,

O som não tem, ficou mudo,

Silêncio aperta a garganta,

Sofrimento e tristeza contudo,

Explode um pranto abafado

Bradando loucos gemidos

Buscando socorro, amparo

Num gesto ínfimo, oprimido.

Depois do choro, a calma,

A inércia e a constatação,

O silêncio nada mais é

Que o companheiro da solidão.


R.Cássia Púlice




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