
Segredo
Silêncio, som profundo
Dos delírios insanos da mente,
Que vagueia buscando sentido
Não ouve, apenas sente.
Um grito ensurdecedor
Que ecoa ao coração
Como apelo vindo do peito
Dilacerado pela dor.
A voz não sai, fica presa,
O som não tem, ficou mudo,
Silêncio aperta a garganta,
Sofrimento e tristeza contudo,
Explode um pranto abafado
Bradando loucos gemidos
Buscando socorro, amparo
Num gesto ínfimo, oprimido.
Depois do choro, a calma,
A inércia e a constatação,
O silêncio nada mais é
Que o companheiro da solidão.
R.Cássia Púlice
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